Escolher os materiais corretos para a sua obra pode não ser uma tarefa fácil, não é mesmo? Com a diversidade de opções encontradas nos dias atuais, torna-se difícil saber qual o melhor custo benefício e que atenda às necessidades.
Separamos nesta matéria algumas dicas de como escolher o tijolo correto para a sua obra. Acompanhe:
Planejamento
Embora o pensamento inicial seja a procura por materiais mais baratos, é importante que o Engenheiro responsável pela execução da obra avalie qual será o melhor aproveitamento de material.
É realizado um cálculo prévio de utilização de material, que mostrará quais são as compras mais indicadas considerando as necessidades estruturais da construção. Tijolos podem sair mais baratos na aquisição quando comparados com blocos, por exemplo, mas podem necessitar de uma quantidade maior de reboco para corrigir falhas de fabricação e acabar encarecendo o custo total.
Escolhendo entre blocos e tijolos
Primeiramente vamos falar dos tipos mais tradicionais de blocos e tijolos disponíveis e suas características:
- Tijolo maciço: é provavelmente o tijolo mais conhecido no mercado, também conhecido como tijolo de barro cozido. Possui um bom isolamento térmico e acústico, proporcionando mais conforto ao ambiente construído. Apesar de ter um custo consideravelmente baixo, é de pequeno formato e geralmente apresenta falhas de formato. Tais características aumentam consideravelmente a quantidade necessária para a construção e a necessidade de argamassa para corrigir tais falhas;
- Tijolo cerâmico: é o mais utilizado atualmente, especialmente em construções residenciais, por ser o mais acessível economicamente. Possui um bom desempenho de isolamento térmico e não costuma apresentar falhas de formato, entretanto não suporta cargas estruturais e é bastante frágil, o que gera uma grande quantidade de entulho e desperdício. É mais aconselhável para opções de alvenaria de vedação;
- Tijolo ecológico: o tijolo ecológico possui categorias diferentes, como o de argila, reaproveitamento de resíduos e solo cimento. Normalmente apresenta 2 furos largos em suas estrutura, facilitando a passagem de rede elétrica e hidráulica. Utiliza uma quantidade menor de reboco por ser produzido de forma modular e utiliza uma cola especial de assentamento ao invés de argamassa. Apesar de ser muito bem quisto pela comunidade ambiental, possui um custo um pouco mais alto que o cerâmico tradicional;
- Tijolo de acabamento: as peças são utilizadas para acabamentos, como churrasqueiras, fornos, bancadas e pilares. É encontrado com uma vasta variedade de formatos e cores;
- Tijolo refratário: é utilizado para suportar altas temperaturas, indicado na construção de churrasqueiras, fornos, lareiras, e áreas de exposição intensa ao calor. Também é necessário o uso de argamassa refratária para esse propósito;
- Bloco de concreto: é mais resistente que os tijolos e rende mais, causando menos desperdício. Também exige menos argamassa em sua estruturação, o que reduz os custos com material. Embora seja recomendado para diversos tipos de construção, não possui uma resistência térmica e acústica tão boa quanto a dos tijolos;
- Bloco estrutural: os blocos estruturais são utilizados para alvenaria estrutural, podendo conter passagem de instalações hidráulicas e elétricas. Por ter um tamanho maior que os tradicionais, seu assentamento é mais rápido, gerando economia e velocidade nas obras. É necessário atenção dobrada em sua utilização, visto que não é possível realizar reformas em estruturas feitas com blocos estruturais, além de um cuidado especial na utilização das esquadrias pois elas seguem tamanhos padrões e não permitem aberturas muito grandes de portas e janelas;
- Bloco de concreto celular: possui poros esféricos preenchidos com ar, o que torna sua densidade até quatro vezes menor que a dos blocos de concreto. Possui excelente isolamento térmico e acústico e é indicado também para lajes, pisos e paredes, além de estruturas robustas. Embora o custo de aquisição seja mais alto, o custo benefício de sua utilização é maior, com manuseio mais fácil, agilidade nas obras e redução da quantidade adquirida, visto que as peças são maiores que as tradicionais;
- Bloco de vidro: é bastante utilizado nos projetos de arquitetura com designs mais modernos e que proporcionam mais claridade interna, o que acaba gerando economia de iluminação artificial. Apresenta um bom isolamento térmico e acústico entretanto seu custo é bem mais elevado.
A escolha dos materiais corretos pode gerar não somente uma satisfação maior no sucesso do projeto como também custos mais controlados e um maior aproveitamento dos materiais.
Curtiu a nossa matéria? Clique aqui e veja mais um você sabia com dicas sobre os filmes que todo engenheiro deveria assistir!