Os equipamentos de proteção individual, também conhecidos como EPIs, são os responsáveis por proteger a saúde e integridade dos trabalhadores da construção. Pela sua grande importância, são itens exigidos em várias normas importantes para a realização de obras, como a NR 6 – Equipamento de Proteção Individual, a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, a NR 21 – Trabalhos a Céu Aberto, e a NR 35 – Trabalho em Altura, entre outros.
Assim como a segurança no projeto estrutural é uma necessidade, a proteção do ambiente de trabalho também deve ser levada a sério. Por isso, é essencial que o engenheiro tenha o conhecimento necessário para garantir o uso dos EPIs na sua obra, diminuindo o risco de acidentes graves e evitando a potencial responsabilização.
Neste artigo, vamos revisar os 10 principais EPIs que todo engenheiro precisa ter à mão nas suas obras para proteger os seus funcionários e assegurar a conclusão dos projetos sem imprevistos. Confira a seguir!
Capacete de segurança
Um dos EPIs mais conhecidos na construção civil, o capacete de segurança também é um dos itens mais importantes para quem trabalha em obras. Responsável por proteger a cabeça do usuário de potenciais quedas de objetos ou outros acidentes, como uma descarga elétrica, o capacete tem vários modelos disponíveis a depender do trabalho pretendido durante seu uso.
Protetor auditivo
É comum que o trabalho nas obras englobe atividades que geram ruídos com nível acima de 85 dB. Assim, a NR 15 prevê a utilização de protetores auditivos para evitar danos à saúde dos funcionários, que podem ir desde problemas nos tímpanos e surdez até aumento no estresse, déficit de atenção, distúrbios neurais e problemas de pressão ou cardiovasculares.
Balaclava
A balaclava é um equipamento de proteção individual semelhante a uma máscara de esqui, cobrindo a cabeça e o pescoço do usuário. Ela assegura que o crânio e pescoço estejam bem resguardados de qualquer risco de origem térmica, de agentes químicos e abrasivos, assim como da umidade proveniente de operações com uso de água.
Máscaras de proteção
No trabalho em obra, é comum o contato com atividades que geram poeira ou partículas de agentes químicos em suspensão no ar e podem facilmente ser aspirados pelos funcionários, o que pode levar a diversas consequências graves para a saúde. Assim, as máscaras e respiradores são itens importantes para evitar danos ao sistema respiratório e prevenir o contato com substâncias lesivas.
Botas de segurança
As botinas ou calçados de segurança são os itens de EPI responsáveis por proteger os pés dos colaboradores de diversos perigos, desde fragmentos pontiagudos ou cortantes no chão à impacto de quedas, como locais insalubres ou com agentes químicos que agridem a pele. Como as obras costumam ter bastante detrito no chão, é um item indispensável para evitar acidentes.
Óculos de proteção
Os óculos servem para proteger os olhos do trabalhador durante a realização das mais diversas atividades. Com eles, é possível evitar a perfuração da córnea por partículas e fragmentos projetados, a queimadura de retina com radiação ou químicos, assim como o potencial risco de cegueira decorrente deste tipo de acidente.
Luvas
As luvas devem ser utilizadas para manuseio de todos os materiais e ferramentas da obra, garantindo a integridade das mãos dos trabalhadores. Elas protegem as mãos contra agentes abrasivos, cortantes e perfurantes, choques elétricos, agentes térmicos, biológicos, ou químicos, vibrações, umidade e radiações.
Viseira de proteção
A viseira é um EPI semelhante aos óculos de proteção, também servindo para proteção contra partículas em projeção, porém capaz de proteger o rosto inteiro do trabalhador. Assim, é muito usado em serras circulares, lixadeiras e policortes.
Cinto de segurança
Os cintos de segurança mais comuns são o cinturão de segurança com talabarte e o trava-quedas. Ambos são utilizados em trabalhos em altura para evitar quedas, sendo que o trabalho em altura é considerado qualquer atividade realizada acima de 2 metros do chão.
Vestes de proteção
As vestes devem ser capazes de proteger o tronco contra riscos de origens térmica e mecânica, além de fazer o mesmo contra agentes químicos, riscos de origem meteorológica e umidade.
Principais cuidados com os EPIs
O EPI deve servir bem. Se estiver muito frouxo, pode não proteger adequadamente e, se for muito apertado, pode ser desconfortável e até mesmo lesar o usuário.
Além disso, se mais de um tipo de EPI for usado, eles não devem interferir um no outro. Por exemplo, seu capacete deve acomodar seus protetores de orelha e ainda caber corretamente.
Por isso, é essencial verificar as instruções do fabricante para obter orientação sobre como mantê-lo e repará-lo. Se o EPI protege contra um perigo químico, pode haver até mesmo procedimentos especiais de lavagem, manutenção, descontaminação e descarte. Da mesma forma, se o EPI for danificado pelo uso normal, a sua reposição deve ser feita.
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