Com a crise na economia que o Coronavírus causou ao redor do globo nos últimos dois anos, todos estão ansiosos para saber qual será o cenário 2022 da indústria da construção civil.
A pandemia afetou todos os setores da economia durante 2020 e 2021 até o momento, pois os níveis de restrições relacionadas à Covid-19 variaram muito nos últimos 18 meses. Como consequência, as limitações no número de funcionários e as dificuldades na produção e transporte de materiais dificultaram o trabalho de todas as indústrias.
Por conta disso, setores voltados para o mercado interno tiveram níveis de atividade econômica significativamente menores em 2020. Neste ano, o Brasil teve uma queda de 4,1% na atividade econômica – a maior queda em 25 anos.
No entanto, o mercado imobiliário e a indústria da construção civil são áreas historicamente conhecidas pela sua resiliência mesmo em momentos de dificuldade econômica – e, na crise do Coronavírus, isso não foi diferente. Mesmo durante a pior fase da pandemia, os dois setores conseguiram se manter firmes sem sofrer muitas baixas: enquanto a atividade econômica do Brasil sofria um grande baque em 2020, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) as vendas de unidades residenciais novas cresceram 9,8% no país neste mesmo ano.
Conforme os efeitos da pandemia vão diminuindo e a produção de todos os setores volta à normalidade, as expectativas para o próximo ano crescem cada vez mais. Sempre pensando no futuro, a Fetz preparou este artigo com as principais tendências na economia para o cenário 2022 da construção civil.
Confira a seguir e descubra com a gente!
A economia na pandemia
O país sofreu profundamente com a chegada do Covid-19. Os piores impactos da pandemia na economia brasileira, embora restritos ao 2º trimestre do ano de 2020, registraram uma queda de 9,2% na atividade econômica do país – um número que assustou economistas e empresários por todo o Brasil.
Mesmo se recuperando levemente para terminar o ano com uma queda ainda significativa – mas menos crítica, o ano de 2020 foi especialmente marcado pela superação. Apesar de todas as dificuldades, o setor foi capaz de absorver grande parte das adversidades e fechar o ano sem grandes perdas, enquanto outros setores padeceram muito mais.
Os incentivos ao financiamento, com a baixa de juros nos bancos para os clientes, auxiliaram neste processo. Durante a pandemia, construtoras que trabalham viabilizando o mercado imobiliário através de financiamentos continuaram trabalhando mesmo com a pandemia. Já as construtoras que trabalham sob demanda sofreram, uma vez que as empresas não tinham como prever as movimentações do mercado e necessitaram cortar os seus investimentos.
Já neste ano, o IBGE divulgou que a economia brasileira apresentou crescimento de 1,2% no 1º trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior – um valor acima do esperado pelo mercado. Mesmo com a segunda onda da pandemia, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas, e o processo de vacinação também foi iniciado, aumentando as expectativas de retorno à normalidade das atividades ainda neste ano.
Agora, apesar das retrações inevitáveis que aconteceram no mercado por conta da pandemia, as projeções são para que em 2021 a construção civil tenha o maior crescimento do setor em oito anos. De acordo com o estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2º Trimestre de 2021, realizado pela CBIC, a projeção de crescimento do setor neste ano subiu de 2,5% para 4%. E é com base nisso que montamos nosso cenário 2022 para a indústria da construção civil:
Cenário 2022 para a construção civil
Mesmo com as quedas recordes de atividade no ano de 2020, a economia continua mostrando uma acelerada recuperação neste ano.
As perspectivas econômicas para 2022 e a médio prazo de forma geral são amplamente positivas – desde que a reabertura de setores da economia com mão-de-obra intensiva continue e que nenhuma outra medida de contenção em face de novas variantes do Covid-19 seja introduzida.
Assim, o cenário favorável depende também da continuidade do processo de vacinação, um fator fundamental para evitar novas quedas na confiança dos empresários e dos consumidores, o que poderia postergar novas decisões de consumo e de investimento. Do contrário, poderíamos ter como consequência um novo resfriamento da economia.
A retomada nos indicadores de confiança dos setores e do consumo é de grande importância, pois todos os aumentos na confiança dos agentes econômicos refletem positivamente em suas decisões de consumo e de investimento – o que movimenta capital e ajuda a aquecer a economia. Após uma interrupção no início deste ano, o índice de Confiança Empresarial da FGV registrou crescimento significativo, o que é uma ótima notícia para a economia no cenário 2022!
O índice de Confiança Empresarial da FGV é um indicador que verifica e determina os índices de confiança dos quatro principais setores da economia, que são Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Neste quesito, temos um aumento de 7,9 pontos, o que demonstra o retorno da segurança dos empresários em retomar o crescimento das empresas. O índice de confiança dos consumidores, por sua vez, subiu 3,7 pontos – um aumento menor, mas ainda muito relevante e que tende a aumentar cada vez mais conforme as atividades econômicas se recuperam.
Falamos aqui de um otimismo cauteloso. Ainda existem diversas variáveis que podem impactar o setor, mas o cenário geral é bastante promissor. Apesar dos apesares, podemos afirmar com segurança que as perspectivas estão melhorando: com as taxas de vacinação se mantendo positivas e o crescimento econômico do país se recuperando, podemos ter ótimas expectativas para o cenário 2022 da construção civil.
Estamos todos trabalhando para ter um ano de crescimento ativo e sustentável.
O que esperar na indústria da construção civil agora?
Não é novidade que a alta nos custos dos materiais afetou fortemente o setor nos últimos meses, e ainda vai demandar bastante atenção em 2022. Durante a pandemia, a cadeia de produtos, insumos e equipamentos para a construção civil sofreu e ainda sofre muito com a falta de materiais.
Felizmente, a última análise produzida pelo FGV/IBRE para o SindusCon-SP mostra que essa alta está em desaceleração, com o INCC-M de setembro registrando a mesma variação de agosto: 0,56%.
Ainda assim, o preço elevado dos insumos permanecerá como o principal obstáculo a ser superado para o crescimento dos negócios no setor, que envolve diversas questões relacionadas a frete, câmbio e falta de matéria-prima.
Além disso, muitas pessoas e empresas estão observando a volta da economia e se reestruturando para retornar aos seus investimentos, criando uma grande demanda. Se, por um lado, isso se traduz em crescimento positivo para o setor, por outro lado, a alta na demanda pode ter a escassez de material como uma das consequências
Outros grandes desafios a que o mercado da construção civil deve se manter atento é que a qualidade precária da mão de obra, com profissionais de baixo nível de educação e que não são preparados para a qualidade. Com o crescimento do número de obras, vai ser cada vez mais difícil encontrar mão de obra qualificada para trabalhar e garantir as entregas.
Com a previsão de crescimento e novos investimentos para o mercado, o objetivo das construtoras deve ser crescer cada vez mais junto ao mercado de forma sustentável. Para tanto, é importante trabalhar os procedimentos internos e buscar a qualificação para fornecer a melhor estrutura para dar segurança às grandes empresas.
Aqui na Fetz, estamos sempre à frente do mercado e buscando a melhoria contínua dos nossos serviços, para entregar a melhor qualidade disponível aos nossos clientes.
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