A importância de considerar a acessibilidade na Construção Civil

A falta de acessibilidade é um problema comum dos espaços públicos e privados no Brasil. Basta andar um pouco para atestar que é difícil encontrar construções que foram projetadas considerando as dificuldades enfrentadas por quem tem algum problema de locomoção.

Segundo dados do IBGE, só no país, são 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência física e uma população geral com expectativa de vida que atinge os 71,2 anos para homens e 78,5 anos para mulheres. Ou seja, esse é um grande mercado ainda pouco explorado.

Mas qual a importância de considerar a acessibilidade na Construção Civil? Por que atualmente se fala tanto sobre projetos acessíveis? Continue lendo e descubra a resposta para essas e outras perguntas!

O que diz a legislação sobre a acessibilidade na Construção Civil

Segundo levantamento da Abrainc, Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, o número de novos empreendimentos em construção no Brasil chegou a 5,7 mil de janeiro a maio de 2017.

Porém, a inclusão dos conceitos de mobilidade nas obras em benefício dos portadores de deficiência física e das pessoas com dificuldade de locomoção ainda são tímidas, mesmo com leis que defendem a acessibilidade em vigor há mais de uma década.

A acessibilidade em projetos de Construção Civil nem sempre foi considerada item obrigatório. Contudo, em 1983 ela foi documentada pela Norma Regulamentadora NBR 9050 da ABNT, que estabeleceu parâmetros técnicos de acessibilidade para serem aplicados no projeto e na construção, instalação e adaptação das edificações.

Além disso, desde 2000, a acessibilidade passou a ser obrigatoriedade para qualquer novo empreendimento com a aprovação da lei nº 10.098.

O número de projetos que abraçam a causa, mesmo que pequeno, está crescendo. Construção de rampas, escolha por portas mais largas e sinalização em braile nos elevadores são alguns dos itens obrigatórios para garantir a acessibilidade da edificação. Contudo, mais do que cumprir normas, essa também é uma oportunidade para o mercado da construção.

O potencial do mercado de obras acessíveis

Como mostramos, o número de deficientes no país, segundo o último censo do IBGE, é alto. Isso sem contar que a população está envelhecendo e a expectativa de vida aumentando, gerando mais pessoas com possíveis problemas de locomoção.

Para esse público, adaptar uma casa ou um apartamento às suas necessidade tem um custo muito alto, com o qual, muitas vezes, não conseguem arcar. É por isso que investir na acessibilidade de novos projetos também é uma forma de conquistar novos clientes.

Além de ser uma obrigação legal, essa é uma ótima estratégia comercial para atrair uma grande fatia de consumidores, de mais de 45 milhões de brasileiros.

Isso porque o custo presente desde a elaboração do projeto é pouco se comparado com o valor das adaptações feitas no imóvel pronto, o que aumenta consideravelmente a procura por imóveis já adaptados.

Custo baixo frente ao retorno do investimento

A acessibilidade é um dos objetivos do milênio da ONU, Organização das Nações Unidas. Isso significa que cada dia mais ela será um item questionado e exigido pelo mercado.

É comum encontrar construtoras que exitam em investir na acessibilidade na Construção Civil por achar que o custo dessas adaptações teriam um grande impacto no orçamento total da obra.

Porém, o que se gasta com a acessibilidade no fim das contas representa apenas uma pequena parcela do orçamento total da obra — de apenas 1%. Considerando o aumento na demanda por uma infraestrutura acessível, além das exigências legais sobre o assunto, o retorno do investimento paga rapidamente esse pequeno aumento nos custos.

Se você ficou com alguma dúvida ou curiosidade sobre a acessibilidade na Construção Civil, deixe seu comentário abaixo e compartilhe conosco!

Comments
  • Daniele
    Responder

    A falta de acessibilidade é um problema mesmo. Não sabia que o investimento em acessibilidade representa 1% do valor total da obra. Muito bom saber isso. Parabéns pelo conteúdo!!

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